
Quando
terminamos confesso que eu achava que não iria sobreviver e que eu jamais ia
conseguir viver sem o teu carinho, sem o teu abraço ou, na pior das hipóteses,
sem qualquer notícia tua. Estranho, pois hoje vivo perfeitamente sem saber o
que se passa na tua vida e tu já não me faz mais falta. Não sei se o tempo se
encarregou de aquietar tudo que eu sentia por ti ou se as circunstâncias
minimizaram o meu amor. Não sei mais qual teu aparelho celular. Não sei mais
sobre teus sonhos, sobre o teu presente e muito menos sobre o teu futuro. Só
sei que, mesmo depois de tanto tempo sem te ver, conversar, te tocar, eu ainda
sou capaz de fechar os olhos e sentir o teu cheiro. Sou capaz de sentir a paixão
que tínhamos um pelo outro. Sou capaz de ouvir tu me chamando de bebezão e
dizendo que pensava em mim. Eu não sei mais quais são os teus hábitos, teu
trejeitos, teus defeitos. E mesmo não sabendo mais nada eu sei que ninguém te
conhece como eu te conheço e, mais do que isso, ninguém te teve como eu te
tive. Assim como ninguém me teve como tu. Hoje não sinto mais falta e nem
saudade. De longe posso sentir que não somos mais os mesmos, nem com a gente e
nem com os outros. Mudamos porque todos mudam o tempo todo. O mundo muda e a
gente não poderia ficar pra trás. Por isso não sinto saudade, pois as pessoas
que éramos
naquela época não existem mais. Sinto falta, às vezes, mas não de
ti. Sinto falta de mim quando estava contigo, da minha felicidade, do meu bom
humor e também da história que a gente construiu. Sinto falta de nós que não
existe mais e nem vai existir. Sinto falta do nosso amor, sinto falta de amar alguém
como eu te amei e ser amada como eu fui. Enquanto eu não me reencontro, supro
essa falta com falsos amores, sem perder a esperança de um dia encontrar o
brilho no olhar de alguém ao me ver, bem como eu despertava em ti... Seja feliz,
pois eu também serei!.
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